quinta-feira, 31 de julho de 2008

O jogo das Damas

O rei atordoado
Perdeu-se no tabuleiro de damas
Este largou sua rainha
Foi ter com outros
Uma campanha de conquistas
Derrotado e desorientado
Acabou por adentrar o horizonte
Chegou a lugar nunca antes visitado
Inquietou-se a orgia de damas atacando damas
Estas vendo aquela forma diferente
Permaneceram estarrecidas por instantes
Após poucos segundos, o atacaram
Negras e brancas esqueceram suas diferenças
Dominaram-no insolitamente,
Possuíram-no como a um fantoche
Divertiram-se inocentemente no sobe e desce do carrossel
Tragaram o sabor doce e venenoso da carne
Entre o vai e vem, desatinos dos destinos
A rainha por sua vez, segue na valsa das marés
Dança o ritmo dos desenganados
Ofereceu o que mais lhe aprazia
Por pura ganância
Hoje o único reino é de poeira
Não governa nem as próprias ilusões
Aguardar ser levada pela morte
Libertada do cárcere de arrependimento
Desvelada no seu mar de amargor

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