sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Fotossíntese

Nem sempre se tem...
Quase nunca o que quer,
As vezes se é,
Um mero mané

Mas tudo que vive
Constante, intrigante...
Nada repudia; oprime.

Mesmo quando tudo deprime,
Há bocas, sorrisos...só rimem.
Olhos inversos, cantando versos...
Mesmo que triste...dispersos

Fazem clarão meio a escuridão
Não há lágrimas se não há solidão

O que é para ser, deixe estar...
O vento levar, as ondas pro mar.
Quem sabe um dia...a concha tardia
Alegre e brilhante...te deixe distante
De um simples sonhar!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Se tudo fosse maravilhas,
O mundo não seria mundo.
Mas imundo que é...
Da voltas, e voltas.

E a gente feito formiga,
Às vezes atômica,
Cria força, sai do buraco.
A vida rola, tola e vadia.

E a gente poesia,
Faz versos pra se encontrar.
Muito embora iluda,
A vida nua...brilha...

sábado, 26 de junho de 2010

Versiculo de idade

É tempo agora quando,
De idade fiz me velho,
E nesses versos absortos,
Soltos sonhos em papel.

Lá se vai a mão do vento,
Rabiscando cá pra dentro,
Não se sabe onde irá,
Quando o verso terminar.

domingo, 13 de junho de 2010

Nascente Poesias

Estúpido o ser que escreve poesias!
Este cuspidor de palavras as atira,
Feito Material inorgânico, sequer reciclável.

O poeta não sabe escrever, se sabe recusa-se;
Poesias já nascem poesias não são contituídas...apenas talhadas!
Maldita mania fast-food esta de versos pré fabricados!

Poesia é uma grande árvore de sentimentos,
Frutos maduros se colhe, frutos verdes deixa madurar.
Quando soltos no ar se sente, em alguns casos se mente.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O Hoje

No meu tempo agora,
Muito há para poesia.
Mas mãos repousam,
Enquanto alma...Voa.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Da escrita.

Cada qual com a sua forma, escreve;
Sente o pulsar e o atrito da caneta,
Que sobre o papel de manso transforma
A ampla planicie branca em paisagem.

Árvores e rios, amor e solidão, alegria e tristeza.
Sementes que germinam...plantação de sentimentos;
Vivos!quando mortos, adormecem no papel.
Em outro coração ressurgem, até que branca e lisa como de inicio,

Torne-se folha, caida em outono brando,
Aguardando nova primavéra.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Carta não remetida

Tem vezes que o muito que sente
Não cabe no pouco que se escreve,
Ou no nada que se faz,
Por vezes não há vazão melhor, silêncio...silencio...

Quando digo mil palavras,
E lhe faço mil caricias,
Não é mais nem maior
Que verbetes calados a saliva.

E se te beijo com tanto desejo,
É porque te quero quando sinto seu cheiro,
E amor atravessa barreira,

Tem vezes que mete rasteira,
Por outras anda por tubulação,
Ou tubo-conexão.

Amor viajante sem sentido,
Não há muito que possa ser dito,
Quando apita o trem...
Vai adiante, infinito.

domingo, 29 de novembro de 2009

Acaboclando

Caboclo anda de pé na terra,
Pra mode cresce nos zóio
Os fruto da vida seca.

Quando dorme em pé de serra
Caboclo tapa os zóio, sente brisa;
Caboclo sempre frisa:
Os friso do dente faz gente feliz.

Caboclo espalha riso,
Distribui cadinho de candura
de dentes expostos.

Caboclo vive sorto, avoando por aí.
Bebiricando mais um gole de sonho,
Caboclo conclui:
Sermente germina mentalidade da gente.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Engranagem

Não há mais poesia...
Não há poesia em máquinas,
Tornou-se o mundo mecânico!
Não há poesia nas engrenagens.

Não há poesia em canto algum...
Cada esquina é verso que morre,
Cada cidade é utopia tombada!
Cada país um sonho enterrado.

Não há o não encontro...
Deixou de existir o construir,
As engrenagens não permitem!
O erro continuo é exato.

Não são pemitidas mudanças...
Não mais heranças culturais,
Apenas o giro, gira-gira engrenagem!
Sequer este texto perdido é permitido.

Já é hora de deixar esta ilusão...
Conversa de herança e mudança,
Brincadeira mais besta de crianças!
Tenho de ir, cuidar das finanças.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Puro Sentimento

(Para Joyce Ruiz da Silva)

De tanto amor que lhe tenho,
O peito salta a boca
Assaltando beijos,
Obreiros da paixão...

O verso feito pleonasmo efeito,
Tem repetidas palavras,
Ditos, escritos...tão vivos
De novas sensações.

Dúvido para isso existam
Quaisquer tipos de metrificações...
Não digo mais que te amo...
Pois o amor ficou pequeno,

O peito pequeno ficou,
O que sinto não destrincha,
Tamanha esta rincha escrita!
Meu amor relincha, late, mia, grasna...

Amor, o que sinto...tamanha brasa,
Não se define, nem se reprime...
O que sinto...indefinição!
Indefinição verbal.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Mundo

Mundo bola rola,
Gira gira faz volta,
Mundo rola bola,
Lançamento e gol.

Mundo volta gira,
Redoma de aço e cruz,
Gol do mundo, vida
Bola de aço em cruz.

Vida ri do mundo,
Que ri da cruz,
Que chora o aço,
Que faz do gol, regaço.

Mundo assombra
Vida afora,
Regaço rola bola,
Lançamento e gol - Contra.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Revolutio

Quando tônica, não junta!
Mas não o sendo assim,
Para onde as juntas vão, se
Tristes, sozinhas estão!?

Se ajuntas provisórias
Fossem (des)construidas,
O trânsito reconstituiria
A desconstrução (i)moral...

Onde o legado animal
Deixaria o amor passional,
Tomado de crime irreal,
Tornando a vida surreal!

O alimento diário,
Dinheiro ordinário
De mais um falsário,
Comprando mão de obra;

Obra inacabada este escremento,
Esgoto sem cimento, céu aberto...
A econo-monarquia faz do homem concreto,
Um decreto nacional.
O pulso do meu coração demarca o limiar das horas;
No não tempo em que bate arritmico dita as não regras...
Meu amor não tem tempo nem regras,
Acorda sempre para não dormir, vive sempre para não morrer.

Meu amor ateia fogo, faz teatro, faz drama...
Meu amor pastelão ama os risos da amada,
E se esparrama na cama desarrumada,
Desejando mais e mais paixão!

Meu amor não tem freios, não breca nem reprime...
Se entrega a sombra da macieira numa troca de caricias e beijos...
Tantos desejos nesse meu coração, anda, vôa, corre e patina...
Meu amor buzina faz barulho, se derrama, faz batuque carnaval.

Meu amor é só espelho, reflexo de minh´amada,
Vara noite, madrugada, de risos gargalhadas,
Alegria e brincadeira, de responsabilidades e besteiras...
Vidamor tão profano, por vezes tão infanto, dá nem pra relatar.