Mórbidos dias
Estes de verão
As traças
Punem a seda
E tudo
Permanece no lugar
Dias sem graça
O tempo não passa
Não anda
Não caminha
Não voa
Tempo
Deve estar
Junto as traças
Talvez perdido
No meio das massas
Quem sabe
Comendo uma maçã
Ah tempo
A quanto tempo
Não te vejo
Me sobra tanto
Que se torna
Sombra do meu
Desassossego
Quando nota-lo
Provavelmente
Será tarde
Invarialvelmente
Direi pouco
Tempo eu tive
Não o fiz
Pela sua falta
E por fim serei
Eu a tracejar o
Passado.
Um comentário:
Belo poema, adorei! Tá ficando cada vez melhor, tirando os errinhos que podemos considerar como se fossem piolhos nos cabelos do poema...
Belo o final, que revela não só o esmero do poeta que desaBROCHA em você, mas também a consciência do poeta que já reconhece sua sina.
"E por fim serei/ Eu a tracejar o/ Passado."
Feito quem fez...
Lê
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