quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Truco

Jogo de truco é pra quem pode;
Jogo de truco nem todo mundo quer;
De um lado da mesa um grita truco ladrão,
Do outro a resposta, pode vir que é pouco.

Jogo de truco é engraçado,
Vale blefa, vale roubar,
Há quem diga que até trair vale;
Com cara de assustado, um sempre cai no chão.

Tem aqueles que confiam na mão do parceiro,
Mais parceiro mão furada sempre deixa carta boa cair,
Parceiro assim, gosta mesmo é de aventura,
Gosta de carta baixa, o prazer de se desafiar.

Parceiro mão furada tem muito por aí,
Geralmente perdem no jogo e na vida também,
Deixam tudo escorregar;
Brincando de ser coringa, mais esquecem.

Aqui é truco marreco,
Camarada de coração joga com copeta e aposta tudo,
Mais sempre tem algum frigído que mete logo zap na testa;
O zapero sempre é um assassino, atropela tudo, não deixa nada.

Zapero não liga se o Rei de copas vai ficar viúvo,
Ou se vai deixar alguns valetes na flor da idade orfãos;
Zapero gosta de destruir tudo que não conseguiu construir,
É negro como espada, mais tem a crueldade maior.

Esconde a face atrás de uma flor,
Faz a cama, segue o jogo.
Quando tudo esta pronto e a aposta esta no limite,
Á flor vira punhal e ataca o adversário, pelas costas.

Adversário, que otário,
Realmente caiu no conto do vigário,
Apostou todas as fichas;
E as deu de bandeja pra bela dama da noite;

Assim como muitos,
Também perdi no truco e assisto do lado de fora.
E as cenas acontecem igual aconteceu comigo.

Mais quem em sã consciência,
Iria olhar tremenda carta na mão,
Um coração enorme no peito retumbando;
Feito escola de samba.
A adrenalina a flor da pele,
E o olhar brilhante como o de um frade.
Quem iria deixar de apostar?
Talvez algum nipe que não fosse copas.

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