Desventurada poesia
Ausente, distante
Não me oferece o afago
Me nega o consolo
No copo de pinga
Me basto
Austero
Bato na mesa
Berro e sussuro
Não choro
Oro por hora
que inda não me veio
Quando foi-se
Disse calada
Nada
Em plena noite
Noite apagada
Esquecida
Pelos postes
Involutos da vida
Em que sem teto
Perco o piso
E o vinco
Dos limiares
Afrente o nada
Ante o pecado
Agora o verso
Nú, sobre o papel
Nenhum comentário:
Postar um comentário