A vida nos leva por mares
Onde sequer conseguimos velejar
As ondas quebram em nossas veias
E o canal desagua em nosso olhar
O tempo se perde em rugas
E o coração vacila a pulsar
A mão tremula no cumprimento
E as costas arcam rumo ao chão
A vida caminha sorrateira
E os pensamentos se dissipam em pó
Os acres olhares rumam outras montanhas
E as arestas picotadas deixadas para tras
A dor vibrante ao lado caminha
Rente ao lago que um dia seca
E finda a saliva presente na boca
E esbranquiçados ficam os lábios
O ventre se torna a terra
A placenta o caixão
O cordão umbilical uma lapíde
E a eternidade sua historia.
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