Que esses novos ventos trazem pra mim?
Chega sem ser notado mas um tanto
Aclamado; desespero, tal pranto
Escorre pela face, amargo gim.
Invade a garganta que triste canta
Trazendo no som um motivo, amigo
Falseando torpor já ardente no âmago,
Unge remetendo remotas cinzas.
Nas papilas gustativas sabor
Da mais deliciosa maçã, lá longe
Macieira antiga, à outro teu licor...
Oferecendo-lhe o doce, seu mel
Perfumado e caloroso, com ais.
Para mim nada mais, apenas, fel!
Um comentário:
Começa a tomar outro caráter o resultado de suas palavras, porque as mãos mais cuidadosas. Os olhos, não só mais atentos, como mais exigentes. E os pés, sobretudo os pés, porque a poesia é um jeito de caminhar, não?
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