Veste-me de farrapos
oh solidão tão crua.
Pois minha vida é trapo,
Objeto jogado na rua.
E se me fiz nua,
Foi para que me tenha
Me domine e me torne sua.
No abismo da distância, cunha
A minha imagem desassombrada,
Varada pela escura e densa
Humana insensatez mal trabalhada.
Faz de minha presença intensa
E a vida cada vez mais dura...
Pois são todos delirantes
Famigerando a indiferença...Ura
Apodrecendo a carne dos errantes;
Neste circo de horrores
─ Rolamundo
Um comentário:
Intenso, real.
Vim lendo desde lá de cima até aqui, e me obrigo a parar, ou do seu blogue não saio mais. rsrs
Uma grande indicação a da Nadine.
Bjs, poeta, e inté!
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