sábado, 1 de agosto de 2009

Século XXI

Tão arcaica quanto minha expressão
São os beijos que nascem de mim
São os versos que em vão escrevo
E olhares que insisto em direcionar

É a vida na qual eu levo
E o vinho no qual me afogo
A cerveja em que me deflagro
E o cigarro em que me destruo

Sou intruso deste novo tempo
Onde antes haviam beijos
Hoje para casais, mero amasso

Para noviças de hoje
Um padre apenas não basta
Onde a fé, sem orgia na sacristia?

Definitivamente, este tempo não é meu.

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