Tão arcaica quanto minha expressão
São os beijos que nascem de mim
São os versos que em vão escrevo
E olhares que insisto em direcionar
É a vida na qual eu levo
E o vinho no qual me afogo
A cerveja em que me deflagro
E o cigarro em que me destruo
Sou intruso deste novo tempo
Onde antes haviam beijos
Hoje para casais, mero amasso
Para noviças de hoje
Um padre apenas não basta
Onde a fé, sem orgia na sacristia?
Definitivamente, este tempo não é meu.
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