Se o amigo tem a orelha suja
Que nossa triste voz não escuta
Cala e silencia a estupidez desnuda
Porque quem sabe entenderá as entrelinhas
Se minha voz não permuta, sussurra
Saiba, amigo meu, que o tempo arraiga
Matizes nos versos acalentados
Do pobre diabo que pisa a carne
E se a morte vier de carro
Que acabe a gasolina
E esta se foda a pé
Porque dei a mão e esfolei o coração
E se fugir de meu olhar
Sinto lhe dizer, amigo meu
Serei a sombra no encalço
Do teu sapato estourado
E as vestes que te cobrem
Serei eu a esconder o que convém
E de sobrolho indicarei os passos
Antes que de torta a pedra te derrube
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