Em Julho, as festas abrem a imaginação,
E um amigo, de mente fértil, sempre viaja
Tamanha inspiração, ele brinca de bola e de pião
Se enrola nas cordas, vez em quando vai ao chão
Este amigo é sempre muito envolvente
Prende as passantes nas suas correntes
E quando se ve já é noivo, formando quadrilha
E nem se passou um minuto, vem outra rogando muito
Esse daí também se ofereceu a mim
E cá estou eu pra cobrar o que é meu,
E o amigo sambando de lá para cá
Sabe sequer pra onde olhar
E voa, voa, voa pensamento longínquo
Relembrando reminiscências
Cercado por reticências e coisas mais,
E quando se vê já passou caminhante,
- De mãos dadas.
Um comentário:
Descreveu muito bem a vida desse pobre amigo, confuso e promíscuo. Rodeado não só por mulheres e lindas, mas por nomes, idênticos, irônicos que chegam a dar medo.
Você da platéia, quase risonho e sacramente profano, assiste, se contorce com os lances, torce, vibra, apenas aguardando a vez de também pisar na arena.
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