quinta-feira, 16 de julho de 2009

No túmulo

No túmulo jazia inerte,
Alguém que sempre ofertou amor.
Com olhos cerrados já não parecia
Aparecia uma imagem cadavérica turva.

O sorriso esponeo no rosto sumira,
E os traços de alegria ficaram
A merce das flores no caixão.
Ali estava um copo

No qual o liquído brilhante
Foi-se embora, disse Adeus
Com olhar nublado, todos despediam-se
daquela na qual esmolava amor a todos.

Sequer parecia estar onde estava,
O meu bom e velho Rio de Janeiro
Estava triste e acabrunhado,
Até o Cristo havia espalmado as mãos
[Em prece.

Sem preça todos foram dando as costas,
Deixando ali o que para muitos é mero sepulcro,
Eu deixei o meu silencio e meu sentimento
Já que as palavras não se fizeram presentes.

Em pouco tempo o piloto anunciava;
Bem vindos a São Paulo, espero que estejam agasalhados,
A temperatura marca 14°na cinza cidade.
Vida retomada, cinza como a cidade
E fria como o tempo.

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