segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Esse seu coração...

Ah, esse seu coração
Quiquando
Minha porta bate
Deixa minhas pernas
Mais que tortas...
Arriadas

Esse seu coração
Batuque, faz lambada
Mexe que remexe
Cá pra dentro
Faz verso, faz poesia...
Sonha

Esse seu coração
Bailarino, dança
(En)canta, chamegando
De mansinho nesse forró
Maciosinho, tão saboroso...
Sentir

Esse seu coração
Mata fome, mata tempo
Coração catavento,
Dá vontade de voar...
Fazendo suspiros,
Suspiros no ar.

Um comentário:

Nadine Granad disse...

... Esse meu coração baila alegremente no ritmo de sua poesia... Sem máscaras, sem véus... Só sentires...
Voemos então...

Presente:

O Poeta Pede a Seu Amor que lhe Escreva

Meu entranhado amor, morte que é vida,
tua palavra escrita em vão espero
e penso, com a flor que se emurchece
que se vivo sem mim quero perder-te.

O ar é imortal. A pedra inerte
nem a sombra conhece nem a evita.
Coração interior não necessita
do mel gelado que a lua derrama.

Porém eu te suportei. Rasguei-me as veias,
sobre a tua cintura, tigre e pomba,
em duelo de mordidas e açucenas.

Enche minha loucura de palavras
ou deixa-me viver na minha calma
e para sempre escura noite d'alma.

Federico García Lorca. IN: Poemas Esparsos.

Abraços!